memórias de Cajazeiras por José Pereira Filho

CAJAZEIRAS PARECIA UMA PANELA DE PRESSÃO NA ÉPOCA DOS PARALELEPÍPEDOS ANOS SESSENTA. Naquela época, não existiam ruas asfaltadas e cem por cento das ruas em paralelepípedos, com formações de mormaço no início da tarde, a temperatura média era de 35 graus. Para refrescar o calor, existia a Sorveteria Trianon, na Praça João Pessoa, a Sorveteria de Walmor, na Rua Padre José Tomaz e as águas do Açude Grande. 

A SORVETERIA TRIANON não fabricava picolé, más, atendia aos clientes com sorvetes, bebidas e era mais frequentada pela elite. A SORVETERIA WALMOR, mais simples, não vendia sorvete, más, fabricava e vendia o picolé no endereço citado, onde morava a família. A sala de visitas foi transformada em ponto de atendimento com um grande freeze/balcão de madeira. Era bem localizada, onde as pessoas passavam para irem trabalhar, estudar e resolver problemas diversos no centro. Por certo, ao voltarem dos seus compromissos, ora citados, entravam nessa sorveteria e comprovam o picolé. E, à noite, os moradores das ruas próximas iam comprar picolés de diversos sabores, sendo o PICOLÉ DE CAJÁ o mais solicitado Não esquecemos do VENDEDOR ELIAS com sua carrocinha dessa sorveteria, pelas ruas da cidade e fazia presepadas, que agradava Cajazeirenses e Cajazeirados.  

CALOR. Falando, ainda, em calor naquela época, a violência na cidade quase não existia, fazendo com que os moradores deixassem as janelas abertas durante o dia e, à noite, abriam as portas para sentarem nas calçadas e conversarem com os vizinhos, em suas cadeiras de balanços e tamboretes. Lembrando, que alguns senhores moradores, ficavam sem camisas para conter o calor e as senhoras, algumas, se abanavam com algum tipo de papelão ou tampa de plástico, porque, as mulheres ricas, se abanavam com leques coloridas, talvez, comprados nas capitais quando iam passear. Ventiladores eram vendidos no Armazém Paraíba. 

MURIÇOCAS. Além do calor, também, o problema com as muriçocas, que zumbiam no pé do ouvido, picava nos braços e, às vezes, inflamava um pouco. Ao dar um tapa na muriçoca, ela morria com o bucho cheio de sangue, que escorria. “Vá pra lá danada”, assim dizia meu vizinho seu Zé Cartaxo, depois de dá um tapa na coitada. (FOTO DE GAROTAS DENTRO DO BUGUE NA PRAIA - DA ISTOK IMAGENS)

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